Corte de 0,25 ponto percentual em dezembro marca o 3º recuo seguido do juro desde a posse de indicado por Trump; decisão seguiu a expectativa do mercadoCorte de 0,25 ponto percentual em dezembro marca o 3º recuo seguido do juro desde a posse de indicado por Trump; decisão seguiu a expectativa do mercado

Fed reduz taxa de juros para o intervalo de 3,50% a 3,75%

2025/12/11 03:19

O Fed (Federal Reserve), banco central dos EUA, reduziu o intervalo da taxa de juros para 3,50% a 3,75% nesta 4ª feira (10.dez.2025). No comunicado, a autoridade monetária declarou que “a Comissão está firmemente empenhada em apoiar o emprego máximo e em fazer regressar a inflação ao seu objetivo de 2%”.

Nove dos integrantes votaram por uma redução de 0,25 pontos. , indicado pelo presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), votou por um corte de 0,5 pontos. Os outros 2 votaram pela manutenção da taxa. A decisão seguiu a expectativa do mercado, segundo analistas consultados pela Reuters. Eis a íntegra (PDF – 174 kB, em inglês).

O corte na taxa foi motivado por uma mudança no equilíbrio de riscos. Segundo a comissão, os riscos negativos para o emprego aumentaram nos últimos meses. O comunicado também destacou que, embora a atividade econômica venha se expandindo em ritmo moderado, o crescimento do emprego desacelerou neste ano, enquanto a taxa de desemprego subiu ligeiramente até setembro.

É o 3º recuo seguido do juro desde que Miran assumiu cadeira na diretoria da autoridade monetária.

Em setembro, o banco central norte-americano reduziu a taxa em 0,25 ponto percentual, indo para 4,00% a 4,25%, depois de 5 decisões seguidas pela manutenção no intervalo de 4,25% a 4,50%. À época, a mudança marcou o 1º corte do ano da autoridade monetária desde dezembro de 2024.

A divulgação da inflação dos EUA atrasou porque o governo norte-americano entrou em shutdown em setembro de 2025, o que obrigou o BLS (Bureau of Labor Statistics) a suspender temporariamente suas operações. Sem o Orçamento aprovado pelo Congresso, a agência ficou legalmente impedida de publicar novos relatórios, incluindo a inflação de outubro. Por isso, o dado havia sido cancelado.

Esta foi a última reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) sobre a taxa de juros nos EUA para o ano de 2025. A próxima será de 27 a 28 de janeiro de 2026.

INFLAÇÃO NOS EUA

A taxa anualizada nos EUA subiu para 3,0% em setembro de 2025. Aumentou 0,1 ponto percentual ante agosto, quando foi de 2,9%. Já a inflação mensal registrou 0,3%.

O setor de energia oscilou 1,5% para cima e foi o maior fator no aumento mensal de todos os itens, puxado pelos preços da gasolina, que subiram 4,1% no mês. O setor de alimentação aumentou 0,2%, 0,3% a menos se comparado ao 0,5% registrado em agosto.

A taxa para todos os itens, exceto alimentos e energia, avançou 0,2%, e o setor de vestuário apresentou aumento de 0,7%.

SUPER 4ª FEIRA DOS JUROS

Além do anúncio do banco central norte-americano, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central brasileiro também divulga se altera a Selic, taxa básica de juros, atualmente em 15%, nesta 4ª feira (10.dez). A estimativa dos analistas de mercado é que a taxa básica encerre 2025 em 15% ao ano.

Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida; isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Os bancos ainda consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

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