A inteligência artificial já faz parte do dia a dia das empresas. No Brasil, 58,7% delas utilizam a tecnologia e 32% se dizem preparadas para ampliar o uso nos próximos dois anos, segundo pesquisa da IDC, em parceria com a Intel. O levantamento, que contou com mais de 460 empresas na América, apontou que 97,6% delas registraram ganhos concretos com a ação da IA. Com isso, houve uma melhoria média de 20% nas atividades de cada setor. Época NEGÓCIOS 360º: CEOs revelam expectativas e planos para 2026 360º: O que as melhores empresas fazem de diferente Época NEGÓCIOS 360°: conheça as 30 melhores empresas do Brasil em 2025 Diante deste cenário, a Época NEGÓCIOS perguntou aos CEOs presentes na premiação do anuário Época NEGÓCIOS 360º as principais mudanças que a IA já trouxeram para suas companhias. A 14ª edição do prêmio foi realizada na segunda-feira (08/12), na Fundação Dom Cabral, na capital paulista, diante de uma plateia formada por CEOs e executivos das maiores empresas do país. A WEG foi escolhida como a Empresa do Ano. O anuário 360º avaliou 450 empresas com faturamento de ao menos R$ 250 milhões em 2024. Além da Empresa do Ano, também foram escolhidas as melhores companhias em 24 setores e nos 6 principais desafios de gestão das organizações. As vencedoras nos seis desafios foram: Odontoprev (Desempenho Financeiro), CPFL Energia (ESG/Governança), Stefanini (Inovação), Natura (ESG/Socioambiental), Hospital Moinhos de Vento (Visão de Futuro) e TIM (Pessoas). Confira abaixo as declarações dos CEOs e executivos sobre as principais mudanças geradas pela inteligência artificial em seus negócios: O Grupo Tora, representado pela diretora-presidente, Janaína Araújo, levou o prêmio em Transporte Flavio Santana Grupo Tora O Grupo Tora, de logística, utiliza IA para melhorar a produtividade e reduzir a margem de erro em desvios de rota. “Com sistemas mais automatizados, vamos conseguir até reduzir o custo de mão de obra. O retorno do investimento demora um pouco para chegar, mas não tenho dúvida de que ele virá”, afirma Janaína Araújo, diretora-presidente do grupo. WEG A multinacional de motores elétricos tem quase 120 projetos de IA em andamento. “Colocamos a tecnologia em várias etapas, principalmente nos processos internos. Com a IA generativa, passamos também a investir em chatbots para interação com o cliente. É algo que cada vez mais vai fazer parte da estratégia da empresa”, diz Alberto Kuba, CEO da WEG. PespiCO A PepsiCo adota a IA no campo, na indústria e no ponto de venda para reunir dados sobre o pequeno varejo. “Com o uso de sensores na linha de produção, é possível detectar onde há maior probabilidade de paradas para que possamos fazer manutenção preventiva. Tudo isso faz com que a operação se torne mais eficiente”, explica Alex Carreteiro, presidente da companhia. TIM Para a operadora, a tecnologia é fundamental para aumentar a qualidade do atendimento ao cliente — reduzindo o tempo médio de resposta. “Lançamos neste ano a IA Academy para proporcionar um letramento para toda a nossa força de trabalho, desde o atendente de call center até os gestores de pessoas”, diz Maria Antonietta Russo, vice-presidente de Recursos Humanos da TIM. Cogna O grupo de ensino tem dois agentes de IA: o Edu, voltado para o atendimento de alunos do ensino superior, e o Plu, para alunos e professores da educação básica. Segundo Roberto Valério, CEO da Cogna, as ferramentas possuem a base de conhecimento das disciplinas e produzem conteúdo para ajudar o educador. “O professor que está preparando um material sobre o Antigo Egito informa à plataforma que vai dar três aulas de 50 minutos, e o sistema produz roteiro, banco de questões, slides e até ilustrações”, exemplifica. CBMM A CBMM, líder mundial em nióbio, utiliza IA para prospecção de novos terrenos, planejamento estratégico e otimização. “Hoje, é possível comparar as vantagens de diferentes químicas pelo celular. O desenvolvimento de mercado é o maior benefício da tecnologia e o nosso maior desafio também”, afirma o CEO Ricardo Fonseca de Mendonça Lima. A Usina São Manoel, representada pelo diretor-presidente Pedro Dinucci, venceu no setor de Agronegócio. O prêmio foi entregue por Lilian Baima, diretora de negócios multiplataformas da Editora Globo Flavio Santana Usina São Manoel Separar a predição da avaliação. Esse é o papel da inteligência artificial para a Usina São Manoel. “Estamos deixando as nossas pessoas [funcionários] cada vez mais fortes em avaliação e delegando toda a nossa capacidade de predição para a IA”, afirma o CEO Pedro Dinucci. Aegea A Aegea trabalha com gêmeos digitais para simular o caminho da água em todas as suas operações em 890 cidades. Dessa forma, dependendo da mudança da qualidade da água ou da incidência de um rompimento, o sistema indica o melhor caminho e otimiza a quantidade de energia necessária para levar água para a casa dos clientes. “Isso reduz o custo de operação ao longo do sistema em tempo real. Se chove, o sistema diminui a pressão. Se acontece um incidente durante a instalação, o sistema calcula e dá as opções para poder fazer a manobra de água”, explica Radamés Casseb, CEO da empresa de saneamento básico. Kaefer No grupo de serviços industriais Kaefer, a tecnologia foi responsável por gerar governança de dados e previsibilidade. “A predição nos ajuda a direcionar os recursos nos locais corretos de maneira antecipada. Esse é o futuro que a gente está vendo”, afirma Cristhian Schwartzmann, presidente da empresa. AeC A inteligência artificial está transformando a forma como a AeC treina e apoia seus 55 mil colaboradores. Segundo o CEO Raphael Dualibi, os algoritmos selecionam candidatos com maior potencial, aceleram a integração e personalizam treinamentos. No atendimento, as ferramentas fazem o pareamento inteligente entre clientes e especialistas, e copilotos orientam conversas em tempo real, eliminando tarefas repetitivas. O foco, afirma Dualibi, é usar IA para “impulsionar os humanos”, liberando profissionais para atuação mais empática e estratégica. A Natura, representada por Ana Costa, vice-presidente de sustentabilidade, jurídico e reputação corporativa, recebeu o troféu na categoria Farmacêutica e Cosméticos Flavio Santana Natura Ana Beatriz Macedo da Costa, vice-presidente de Reputação, Sustentabilidade, Jurídico e Corporate Affairs da Natura na América Latina, afirma que a inteligência artificial faz parte do funcionamento diário da companhia: da força de vendas aos processos internos. Um exemplo é a assistente virtual Ângela, que funciona como um canal de apoio para mulheres em situação de violência doméstica. “A inteligência artificial vem para potencializar, facilitar e agregar valor ao negócio, trazendo facilidade.” Grupo Stefanini Para a gigante de tecnologia, a inteligência artificial só gera transformação real quando agrega valor concreto à sociedade e aos negócios. Marco Stefanini, CEO do grupo que leva seu sobrenome, divide a aplicação da IA em três frentes: modelos de linguagem de larga escala (LLMs), data centers e aplicações práticas. “Data centers e LLM recebem mais atenção porque são infraestrutura. É como construir um monte de ferrovia e depois não ter carga para transportar. Nós somos a carga”, diz. Mais Lidas A inteligência artificial já faz parte do dia a dia das empresas. No Brasil, 58,7% delas utilizam a tecnologia e 32% se dizem preparadas para ampliar o uso nos próximos dois anos, segundo pesquisa da IDC, em parceria com a Intel. O levantamento, que contou com mais de 460 empresas na América, apontou que 97,6% delas registraram ganhos concretos com a ação da IA. Com isso, houve uma melhoria média de 20% nas atividades de cada setor. Época NEGÓCIOS 360º: CEOs revelam expectativas e planos para 2026 360º: O que as melhores empresas fazem de diferente Época NEGÓCIOS 360°: conheça as 30 melhores empresas do Brasil em 2025 Diante deste cenário, a Época NEGÓCIOS perguntou aos CEOs presentes na premiação do anuário Época NEGÓCIOS 360º as principais mudanças que a IA já trouxeram para suas companhias. A 14ª edição do prêmio foi realizada na segunda-feira (08/12), na Fundação Dom Cabral, na capital paulista, diante de uma plateia formada por CEOs e executivos das maiores empresas do país. A WEG foi escolhida como a Empresa do Ano. O anuário 360º avaliou 450 empresas com faturamento de ao menos R$ 250 milhões em 2024. Além da Empresa do Ano, também foram escolhidas as melhores companhias em 24 setores e nos 6 principais desafios de gestão das organizações. As vencedoras nos seis desafios foram: Odontoprev (Desempenho Financeiro), CPFL Energia (ESG/Governança), Stefanini (Inovação), Natura (ESG/Socioambiental), Hospital Moinhos de Vento (Visão de Futuro) e TIM (Pessoas). Confira abaixo as declarações dos CEOs e executivos sobre as principais mudanças geradas pela inteligência artificial em seus negócios: O Grupo Tora, representado pela diretora-presidente, Janaína Araújo, levou o prêmio em Transporte Flavio Santana Grupo Tora O Grupo Tora, de logística, utiliza IA para melhorar a produtividade e reduzir a margem de erro em desvios de rota. “Com sistemas mais automatizados, vamos conseguir até reduzir o custo de mão de obra. O retorno do investimento demora um pouco para chegar, mas não tenho dúvida de que ele virá”, afirma Janaína Araújo, diretora-presidente do grupo. WEG A multinacional de motores elétricos tem quase 120 projetos de IA em andamento. “Colocamos a tecnologia em várias etapas, principalmente nos processos internos. Com a IA generativa, passamos também a investir em chatbots para interação com o cliente. É algo que cada vez mais vai fazer parte da estratégia da empresa”, diz Alberto Kuba, CEO da WEG. PespiCO A PepsiCo adota a IA no campo, na indústria e no ponto de venda para reunir dados sobre o pequeno varejo. “Com o uso de sensores na linha de produção, é possível detectar onde há maior probabilidade de paradas para que possamos fazer manutenção preventiva. Tudo isso faz com que a operação se torne mais eficiente”, explica Alex Carreteiro, presidente da companhia. TIM Para a operadora, a tecnologia é fundamental para aumentar a qualidade do atendimento ao cliente — reduzindo o tempo médio de resposta. “Lançamos neste ano a IA Academy para proporcionar um letramento para toda a nossa força de trabalho, desde o atendente de call center até os gestores de pessoas”, diz Maria Antonietta Russo, vice-presidente de Recursos Humanos da TIM. Cogna O grupo de ensino tem dois agentes de IA: o Edu, voltado para o atendimento de alunos do ensino superior, e o Plu, para alunos e professores da educação básica. Segundo Roberto Valério, CEO da Cogna, as ferramentas possuem a base de conhecimento das disciplinas e produzem conteúdo para ajudar o educador. “O professor que está preparando um material sobre o Antigo Egito informa à plataforma que vai dar três aulas de 50 minutos, e o sistema produz roteiro, banco de questões, slides e até ilustrações”, exemplifica. CBMM A CBMM, líder mundial em nióbio, utiliza IA para prospecção de novos terrenos, planejamento estratégico e otimização. “Hoje, é possível comparar as vantagens de diferentes químicas pelo celular. O desenvolvimento de mercado é o maior benefício da tecnologia e o nosso maior desafio também”, afirma o CEO Ricardo Fonseca de Mendonça Lima. A Usina São Manoel, representada pelo diretor-presidente Pedro Dinucci, venceu no setor de Agronegócio. O prêmio foi entregue por Lilian Baima, diretora de negócios multiplataformas da Editora Globo Flavio Santana Usina São Manoel Separar a predição da avaliação. Esse é o papel da inteligência artificial para a Usina São Manoel. “Estamos deixando as nossas pessoas [funcionários] cada vez mais fortes em avaliação e delegando toda a nossa capacidade de predição para a IA”, afirma o CEO Pedro Dinucci. Aegea A Aegea trabalha com gêmeos digitais para simular o caminho da água em todas as suas operações em 890 cidades. Dessa forma, dependendo da mudança da qualidade da água ou da incidência de um rompimento, o sistema indica o melhor caminho e otimiza a quantidade de energia necessária para levar água para a casa dos clientes. “Isso reduz o custo de operação ao longo do sistema em tempo real. Se chove, o sistema diminui a pressão. Se acontece um incidente durante a instalação, o sistema calcula e dá as opções para poder fazer a manobra de água”, explica Radamés Casseb, CEO da empresa de saneamento básico. Kaefer No grupo de serviços industriais Kaefer, a tecnologia foi responsável por gerar governança de dados e previsibilidade. “A predição nos ajuda a direcionar os recursos nos locais corretos de maneira antecipada. Esse é o futuro que a gente está vendo”, afirma Cristhian Schwartzmann, presidente da empresa. AeC A inteligência artificial está transformando a forma como a AeC treina e apoia seus 55 mil colaboradores. Segundo o CEO Raphael Dualibi, os algoritmos selecionam candidatos com maior potencial, aceleram a integração e personalizam treinamentos. No atendimento, as ferramentas fazem o pareamento inteligente entre clientes e especialistas, e copilotos orientam conversas em tempo real, eliminando tarefas repetitivas. O foco, afirma Dualibi, é usar IA para “impulsionar os humanos”, liberando profissionais para atuação mais empática e estratégica. A Natura, representada por Ana Costa, vice-presidente de sustentabilidade, jurídico e reputação corporativa, recebeu o troféu na categoria Farmacêutica e Cosméticos Flavio Santana Natura Ana Beatriz Macedo da Costa, vice-presidente de Reputação, Sustentabilidade, Jurídico e Corporate Affairs da Natura na América Latina, afirma que a inteligência artificial faz parte do funcionamento diário da companhia: da força de vendas aos processos internos. Um exemplo é a assistente virtual Ângela, que funciona como um canal de apoio para mulheres em situação de violência doméstica. “A inteligência artificial vem para potencializar, facilitar e agregar valor ao negócio, trazendo facilidade.” Grupo Stefanini Para a gigante de tecnologia, a inteligência artificial só gera transformação real quando agrega valor concreto à sociedade e aos negócios. Marco Stefanini, CEO do grupo que leva seu sobrenome, divide a aplicação da IA em três frentes: modelos de linguagem de larga escala (LLMs), data centers e aplicações práticas. “Data centers e LLM recebem mais atenção porque são infraestrutura. É como construir um monte de ferrovia e depois não ter carga para transportar. Nós somos a carga”, diz. Mais Lidas
Nesta segunda-feira (08/12), aconteceu a edição 2025 do prêmio Época NEGÓCIOS 360º, na Fundação Dom Cabral, em São Paulo
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