O varejo brasileiro ganhou ritmo em outubro e interrompeu a sequência negativa do mês anterior, ao registrar alta de 0,5% no volume de vendas, segundo a PesquisO varejo brasileiro ganhou ritmo em outubro e interrompeu a sequência negativa do mês anterior, ao registrar alta de 0,5% no volume de vendas, segundo a Pesquis

Vendas no varejo avançam 0,5% em outubro e registram aumento de receita, aponta IBGE

2025/12/11 23:29

O varejo brasileiro ganhou ritmo em outubro e interrompeu a sequência negativa do mês anterior, ao registrar alta de 0,5% no volume de vendas, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (11).

O avanço superou a projeção do mercado e marcou o melhor resultado para um mês de outubro desde 2022, em um movimento acompanhado também por expansão da receita e do varejo ampliado.

Na comparação com outubro de 2024, o varejo restrito registrou alta de 1,1% e no acumulado em 12 meses, atingiu 1,7%, enquanto o resultado de janeiro a outubro somou 1,6%.

O volume de vendas do varejo total também cresceu 1,1% ante outubro de 2024. No ano, o indicador acumula alta de 1,5%.

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O economista Maykon Douglas avalia que o resultado de outubro veio melhor que o esperado, considerando que as altas entre os setores foram mais disseminadas, levando o índice de difusão a superar a média histórica no mês.

O especialista aponta que houve uma predominância das atividades mais sensíveis às condições de crédito, embora a base de cálculo deprimida explique boa parte desse resultado. Isso, segundo ele, porque essa parcela do varejo teve resultados ruins há algum tempo, sobretudo na primeira metade do ano.

Receita do varejo também avança

A receita do varejo restrito subiu 0,4% em outubro ante setembro. Na comparação com outubro de 2024, houve alta de 4,8%.

No varejo ampliado, a receita aumentou 0,3% em outubro frente a setembro. Na comparação anual, houve alta de 2,6%.

Varejo cresce em sete das oito atividades pesquisadas

Na passagem de setembro para outubro, sete das oito atividades pesquisadas tiveram crescimento:

  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: +3,2%
  • Combustíveis e lubrificantes: +1,4%
  • Móveis e eletrodomésticos: +1%
  • Livros, jornais, revistas e papelaria: +0,6%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: +0,4%
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: +0,3%
  • Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: +0,1%

A única queda veio do grupo Tecidos, vestuário e calçados, com recuo de 0,3%.

No varejo ampliado, dois segmentos avançaram:

  • Veículos e motos, partes e peças: +3%
  • Material de construção: +0,6%

Varejo ampliado cresce impulsionado por veículos e material de construção

O varejo ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, além de material de construção, registrou avanço de 1,1% em outubro, na comparação com setembro.

Na comparação com outubro de 2024, porém, o setor apresentou queda de 0,3%, resultado que mantém o acumulado de 2025 em terreno negativo, com -0,3% entre janeiro e outubro. Em 12 meses, o indicador permaneceu estável, sem variação.

Segundo o IBGE, os dois segmentos que compõem o varejo ampliado tiveram crescimento na série com ajuste sazonal. As vendas de veículos, motos, partes e peças avançaram 3%, enquanto o setor de material de construção cresceu 0,6%.

Artigos farmacêuticos têm 32ª alta consecutiva e puxam índice geral

Sete das oito atividades cresceram ante outubro de 2024. O segmento de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação subiu 8,1%, segundo o IBGE.

O setor passou a acumular resultado positivo no ano (0,4%) pela primeira vez desde janeiro. Em 12 meses, as perdas vêm diminuindo: -1,5% até julho, -1,3% até agosto, -0,5% até setembro e -0,3% até outubro.

As vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria avançaram 5,7% na comparação anual, completando 32 meses de altas consecutivas.

O setor exerceu a maior influência sobre o varejo, contribuindo com 0,6 ponto percentual dos 1,1% totais. O acumulado no ano passou para 3,7% e o acumulado em 12 meses ficou em 3,8%.

Resultados por estado

O comércio varejista apresentou crescimento em 19 das 27 unidades da federação na passagem de setembro para outubro.

Os destaques foram Espírito Santo (+2,7%), Rondônia (+2,6%) e Distrito Federal (+2,5%).

Já as maiores quedas foram registradas em Mato Grosso (-1,8%), Rio Grande do Sul (-1,2%) e Maranhão (-1%), enquanto Santa Catarina ficou estável.

No varejo ampliado, 18 estados tiveram alta. Os principais avanços ocorreram no Amapá (+2,8%), Pernambuco (+2,3%) e Distrito Federal (+2,2%).

As maiores quedas foram registradas no Rio Grande do Sul (-2,6%), em Alagoas (-1,4%) e no Tocantins (-0,7%).

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Varejo deve encerrar o ano com otimismo, apesar dos juros altos

Para o último trimestre do ano, o economista prevê que que o setor possa se sair um pouco melhor do que foi no terceiro. No entanto, considera que o varejo continua sendo um dos setores mais afetados pela política monetária contracionista.

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