Depois que os EUA retiraram as sanções da Lei Magnitsky sobre Alexandre de Moraes, ex-aliado do ex-presidente gravou vídeo e disse que família "blefa e mente"Depois que os EUA retiraram as sanções da Lei Magnitsky sobre Alexandre de Moraes, ex-aliado do ex-presidente gravou vídeo e disse que família "blefa e mente"

Conservador, deputado Otoni de Paula faz mais críticas aos Bolsonaros

2025/12/14 01:17

O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), pastor evangélico que foi apoiador de Jair Bolsonaro (PL), voltou a fazer críticas contra a família do ex-presidente em vídeo divulgado em seu perfil nas redes sociais na 6ª feira (12.dez.2025). A manifestação foi publicada depois de os Estados Unidos retirarem da lista da Lei Magnitsky o ministro do STF Alexandre de Moraes, sua mulher, a advogada Vivian Barci de Moraes, e a empresa da família, Instituto Lex.

No vídeo, o congressista direciona as críticas principalmente ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), questionando promessas de punições internacionais contra ministros do STF feitas por aliados do ex-presidente. “Cadê Trump? Cadê as sanções sobre todos os ministros da Suprema Corte?”, questionou.

Segundo o deputado, a família Bolsonaro alimentou falsas expectativas entre seus apoiadores ao sustentar que integrantes do Judiciário seriam retaliados internacionalmente.

Otoni comparou a mobilização atual dos apoiadores de Bolsonaro, atualmente preso na sede da PF (Polícia Federal) em Brasília, com o período em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve preso em Curitiba, dizendo que a ausência de manifestações semelhantes em defesa do ex-presidente estaria ligada ao desgaste provocado por promessas não cumpridas.

“É difícil ter que comparar e ter que admitir, o povo estava lá na PF, na época do Lula, cantando, fazendo acampamento. Cadê os patriotas que não fazem acampamento para o teu pai. Eduardo, Sabe por quê? Porque estão cansados dos blefes de vocês”, disse Otoni de Paula. 

Apesar do endurecimento do discurso, Otoni reafirmou sua posição como “conservador” e integrante da direita e disse que seu objetivo é se afastar do bolsonarismo e “libertar a direita” de sua influência.

Assista (4min18s):

Outras críticas recentes à família Bolsonaro

Em entrevista à VEJA publicada em 27 de novembro de 2025, o deputado afirmou buscar “ser uma voz sensata na direita”. “Enquanto estivermos colados ao extremismo do bolsonarismo, nós vamos perder. Estou tentando, então, fazer 2 movimentos: um de libertação da igreja, para que volte ao seu papel, e outro de mostrar que a direita é maior que o bolsonarismo, assim como o conservadorismo é maior que a direita”, disse, reconhecendo que ganhou muitos votos quando seu discurso se valia da polarização.

Na tribuna da Câmara, Otoni já havia intensificado críticas a políticos do campo da direita que seguem o ex-presidente. Pastor da Assembleia de Deus Missão e Vida, afirmou ter decidido “andar sozinho do que mal acompanhado” e não mais “ser visto como um extremista”. Disse também estar envergonhado por posições adotadas no passado. “Me arrependo quando gritei ‘mito’ num lugar onde só deveria cultuar o senhor. A culpa nunca foi de Bolsonaro. A culpa foi minha mesmo.”

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