Os suspeitos do ataque a tiros em uma festa judaica no domingo (14.dez.2025) são um homem que chegou ao país em 1998 e seu filho, nascido na Austrália. Ao menos 16 pessoas morreram no atentado na praia de Bondi, em Sydney, durante uma celebração de Hanukkah, a Festa das Luzes.
Nenhum dos 2 parecia ter antecedentes criminais, disseram as autoridades, segundo o jornal The New York Times. “Os autores são um homem de 50 anos e um jovem de 24 anos, pai e filho”, disse Mal Lanyon, comissário de polícia de Nova Gales do Sul, a jornalistas na madrugada desta 2ª feira (15.dez).
O pai foi morto pela polícia no local do tiroteio. As autoridades disseram que devem apresentar acusações criminais contra o filho, que ficou ferido e está hospitalizado em estado grave. Até o momento, a identidade deles não foi divulgada.
O pai chegou à Austrália em 1998 com um visto de estudante, disse o ministro do Interior, Tony Burke (Partido Trabalhista Australiano, centro-esquerda), que não informou de qual país o homem era originário. Em 2001, seu visto de estudante foi substituído por um visto de parceiro. Ele estava no país legalmente, disse Burke. O filho é cidadão australiano nato, acrescentou.
O primeiro-ministro australiano Anthony Albanese (Partido Trabalhista Australiano, centro-esquerda), disse a jornalistas, sem fornecer mais detalhes, que o filho chamou a atenção das autoridades policiais em outubro de 2019, “por estar associado a outras pessoas”. Mas “a avaliação foi de que não havia indícios de qualquer ameaça contínua ou ameaça de que ele se envolvesse em violência”, declarou.
Segundo o New York Times, Albanese disse que o homem que desarmou um dos 2 atiradores se chama Ahmed el Ahmed e está internado, passando por cirurgia nesta 2ª feira. Ele fez isso “correndo grande risco e sofreu ferimentos graves como consequência”, afirmou o premiê.
O comissário de polícia de Nova Gales do Sul afirmou que o atirador mais velho tinha uma licença para porte de armas de fogo com cerca de 10 anos e que 6 armas estavam registradas em seu nome. Lanyon disse que o homem tinha uma licença de caça recreativa que lhe permitia ser integrante de um clube de tiro e ter uma arma longa.
A polícia também recuperou 2 artefatos explosivos improvisados “rudimentares”, mas “ativos” no local, disse o comissário.
Ainda segundo a polícia, 29 pessoas foram levadas para o hospital depois do ataque, incluindo uma criança.
Os investigadores ainda não divulgaram os nomes das vítimas. Porém, segundo o New York Times, o Chabad, grupo judaico que organizou o evento, identificou 3, incluindo um rabino de longa data da comunidade de Bondi. O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que pelo menos 1 cidadão israelense teria sido morto e outro ferido. O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que 1 cidadão francês estava entre os mortos.


